O caminho deve ser percorrido solitariamente. Ninguém pode acompanhá-lo nessa busca por seu mundo interior. A solidão, antes um sentimento de autoabandono, agora não existe mais, pois o Eremita está pleno da paz que encontrou dentro de si. Uma luz interna o guia por esse novo caminho; essa luz é a sua própria sabedoria, a voz silenciosa que ressoa na sua mente e vem do coração. O que antes era solidão agora se transforma em solitude, um estado de paz e bem-estar consigo mesmo.
Os inimigos externos, estejam eles dentro ou fora, ainda estão presentes, mas já não o afetam. O Eremita pode olhar para dentro e também para fora, mas agora com uma nova perspectiva. Ele fez um progresso significativo no seu desenvolvimento e já não se preocupa com os resultados de sua meta de se tornar um iniciado. O que importa é o momento presente e a paz que acalma seu coração. O recolhimento é essencial para restaurar as forças da alma e deve se tornar um hábito diário e uma prática constante através da meditação.
Aqui está o segredo da iniciação: não falar prematuramente sobre as coisas que já aprendemos. O perigo está na falsa presunção de ter se tornado superior aos outros. Ter alcançado certo progresso espiritual não significa ser melhor que os demais; qualquer comparação é um tropeço certo no caminho.
Chegou o momento de compreender que o bem e o mal andam juntos — esse é o enigma do Eremita.